PATOLOGIAS
Vamos falar sobre rosácea?
WhatsApp18 de agosto de 2021
É uma doença inflamatória crônica da pele que acomete mais o terço médio da face, geralmente poupando a região ao redor dos olhos e o sulco nasogeaniano (bigode chinês). Até existem casos de rosácea fora do rosto também, mas é mais raro.
A prevalência dessa doença varia bastante dependendo da população que é avaliada, sendo mais comum em pacientes com pele clara, como os descendentes de celtas e europeus (boa parte da nossa população aqui no Sul do Brasil).
Homens, geralmente possuem formas mais graves da doença, sendo que o pico, ocorre em adultos de 40 a 59 anos.
Existe também a chamada rosácea ocular, sendo o diagnóstico bastante difícil, pois não há exames ou testes que comprovem a doença.
Muitas vezes o médico oftalmologista necessita do diagnóstico de rosácea na pele, feita pelo dermatologista, para firmar o diagnóstico de rosácea no olho.
Antigamente se classificava a rosácea em 4 subtipos:
- Eritemato teleangiectásico (pele vermelha e com vasinhos);
- Pápulo pustulosa (bolinhas vermelhas e bolinhas com pus);
- Fimatosa (aquele nariz com aspecto inchado, bulboso e grosseiro);
- Ocular.
Desde 2017, a classificação mudou depois que um grupo de especialistas se reuniu para formular uma nova classificação, mais individualizada. Eles propuseram uma divisão de acordo com fenótipos: fenótipo diagnóstico, fenótipo major e fenótipo minor:
O fenótipo diagnóstico é aquela característica que, se o paciente possuir, já é diagnóstico de rosácea.
E o que é?
1 - Alterações fimatosas (aquele nariz com aspecto inchado, bulboso e grosseiro)
2 - Eritema centrofacial persistente associado com piora periódica após fatores desencadeantes
O fenótipo major inclui: presença de uma dessas quatro características na localização centro-facial: pápulas (bolinhas vermelhinhas) e pústulas (bolinhas com uma pontinha de pus em cima), flushing (que é a vermelhidão transitória), teleangiectasias (vasinhos) e manifestações oculares.
Os fenótipos secundários são características que podem ou não estar presentes, mas que corroboram nosso diagnóstico: sensação de pinicação e queimação na pele, edema facial e pele seca (aspereza e descamação)
É importante termos em mente que a rosácea pode ser um marcador de risco para doença sistêmica, apesar de não causar risco de vida.
Sobre o tratamento, não há cura, mas há tratamento para controlar os sintomas e sinais:
- Rotina de cuidado com a pele, com limpeza suave, hidratação e protetor solar, são importantes aliados.
- Evitar ao máximo o uso e corticoides, que muitos pacientes usam por conta, pois promove uma falsa melhora inicial.
O padrão ouro dos medicamentos tópicos é metronidazol ou ivermectina. Outra opção é o ácido azeláico, também.
Inúmeros tecnologias vem surgindo como aliadas no tratamento dessa doença, aparelhos de lasers específicos e luz pulsada podem ser tentados, bem como medicações orais.
Procure um profissional especializado para tratamento desta doença.