· Dra. Valéria Rossato · Dermatologia · 5 novidades de 2022 para tratamento de calvície |
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5 novidades de 2022 para tratamento de calvície

14 de junho de 2022

 

Vou falar aqui de 5 novidades pro ano de 2022:
 
1º - Bicalutamida para calvície feminina
 
Bicalutamida não é um medicamento novo, já é usado para problemas prostáticos há muitos anos pela sua ação antiandrogênica, ou seja, inibindo hormônios masculinos. Também não é novidade usar medicamentos antiandrogênicos para calvície em mulheres, outro exemplo é a espironolactona, ou Aldactone.
Porém a Bicalutamida aparenta ser melhor, mais eficaz que os demais antiandrogênicos, e, apesar de ainda faltarem estudos comprovando eficácia e segurança, entendo que é uma droga que vai dar o que falar num futuro próximo.

2º - Dutasterida
 
Dutasterida também não é uma droga nova, mas temos alguns estudos recentes que estão comprovando eficácia não somente em calvície mas também em alopecia frontal fibrosante. Além disso, nesse último ano ela foi aprovada pela ANVISA para tratamento de calvície masculina. Já usávamos mas de foram off-label, agora ela foi aprovada pelos agentes regulatórios para ser usada especificamente para calvície.
 
3º - Finasterida tópica
 
Outra droga que não é nova mas que a novidade é a forma de uso é a finasterida. Ao invés de ser ingerida pela boca, é aplicado no couro cabeludo. No final de 2021 tivemos um estudo grande muito interessante que esclareceu várias dúvidas em relação ao uso tópico desse medicamento. As conclusões do estudo foram que a eficácia da finasterida tópica foi semelhante a oral e os efeitos colaterais foram menores.
 
4º - Clascosterona
 
Esse sim é um medicamento novo. Assim como a bicalutamida, é um antiandrogênico, porém esse é na forma tópica, ou seja, não é ingerido, é aplicado no couro cabeludo. Isso provavelmente diminui os efeitos colaterais sistêmicos de bloqueio dos hormônios masculinos. Esse medicamento já foi aprovado pelo FDA (agencia reguladora de remédios dos EUA) para uso na acne e os estudos para tratamento da calvície estão em estágio avançado, então provavelmente teremos melhores respostas num futuro breve e, se tudo der certo, teremos esse medicamento disponível.  

5º - Inibidores da JAK para alopecia areata
 
Em casos de alopecia areata mais grave, temos os inibidores da JAK. Vários medicamentos compõe essa classe de drogas e alguns já estão sendo usados para várias condições como artrites, psoríase e dermatite atópica. A grande novidade, entretanto, é que cada vez temos mais moléculas novas estudadas especificadamente para a alopecia areata. Esse tipo de estudos, que são ensaios clínicos randomizados, controlados e que mostram detalhadamente o perfil de eficácia e segurança, permitem que as agencias regulatórias possam avaliar adequadamente e autorizar ou não esse medicamento, o que facilita o acesso do paciente a estas drogas.

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